
Ouça o Silêncio...
Em um orfanato, no alto de uma montanha ao sul da Alemanha, um reparador chamado Enzo vive uma vida de tranquilidade e quietude. Sua rotina é realizar os pequenos serviços locais aos quais é ordenado, enquanto procura não se envolver com os internos, especialmente as crianças que, com seus dons mágicos, são amaldiçoadas com a certeza de uma morte iminente, aos onze anos e sem nenhum motivo aparente.
Em uma manhã de outono, Enzo recebe a ordem para tapar um misterioso buraco que apareceu no muro que dá para a floresta que os cerca e isola do mundo. É ali que ele conhece um garoto de nome Jonas, que com o dom de profetizar verdades, tenta persuadi-lo a não fazer isso, mostrando que o destino de todos e inclusive o dele próprio, está ligado a manutenção daquele buraco, um elo que manterá toda uma geração de internos do orfanato ligados ao mundo externo.
Impressionado com o garoto e mais ainda com os acontecimentos que sucedem este encontro, Enzo decide aceitar a magia das crianças em seu entorno, entender qual seu papel na jornada surpreendente que irá de desenrolar e viver uma aventura fantástica com Jonas, que os tirará dali e os lançará ao cruel mundo dos homens.
Contudo as regras são claras, criança alguma pode sair da instituição e a desobediência de Enzo, mesmo que por razões notáveis, poderão significar o fim de seus dias na montanha mágica, enquanto Jonas se aproxima dos onze anos e do frio manto de seu destino cruel...


O céu e os anjos com seus cenários belos e paraísos bucólicos...
O demônio e o inferno com suas peculiaridade e loucuras transcendentais...
Em meio a isso uma criança está entre uma disputa que deve abalar a vida de todos os seres e bagunçar todos os mundos.
O diabo através de uma carta propõe uma revolução e reivindica a alma das crianças que morrem na fase áurea de suas vidas.
Lira é uma pequena garotinha, mas que tem literalmente um encontro com a morte em 7 dias. E ela será a primeira criança a morrer após a investida dos demônios.
No inferno Ivan, o demônio que fala sozinho, lidera uma revolução tentando impedir o que ele chama de loucura, afinal o inferno não é lugar para crianças.
Ada, no céu, vive a iminência de uma guerra na esperança de deter este ousado plano.
Com uma leitura leve regada a humor e bastante filosofia existencial "Nenhuma Criança" convida o leitor a se deliciar e se apaixonar por incontáveis mundos enquanto demônios, anjos, a morte e a primeira criança caminham numa contagem regressiva que ao término definirá, para sempre, a quem pertence a alma de todas as crianças.
Até onde estamos dispostos a ir para manter a nossa inocência viva?
Imagine-se dentro dos portões de uma instituição muita parecida com um orfanato, onde todas as crianças são mágicas ao seu modo, vivem suas ternuras e purezas longe de um mundo cruel que as mantem em segredo por conta de uma maldição que as mata de tristeza, quase sempre no décimo primeiro aniversário.
Rodrigo, um professor que já foi uma destas crianças nesta peculiar instituição, por algum motivo não morreu no décimo primeiro aniversário e sobreviveu ao maior segredo de todos. Mas longe de viver uma vida de plenitude, ele retorna para lecionar artes na instituição devastado por uma vida de loucura, depressão e abandono.
Na instituição ele conhece, além de incontáveis crianças com suas magias e modos de enxergar a vida peculiares, Lili, um ser de luz que com seu dom peculiar conversa com a tristeza de todas as pessoas e consegue confortá-las usando inocência quase como se apenas existir fosse seu dom mais genial.
Ao apaixonar-se pelo pequeno anjo, Rodrigo descobre-se um pai para a pequena e este instinto o faz procurar, nas raízes da própria existência, quais razões o levaram a sobreviver ao ocaso e triunfar sobre a morte.
Mesmo que a vida após isso não tenha sido uma dádiva.
Os ponteiros do relógio da vida batem e Rodrigo precisa descobrir um meio de manter seu pequeno anjo vivo e impedir a tristeza derradeira que a matará ao décimo primeiro sono.
Até onde você está disposto a ir para manter a sua inocência viva?
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As crônicas #notrem nasceram em um período em que as idas e vindas do trabalho tomavam um tempo considerável do meu dia.
Eram exercícios de observação que fazia despreocupadamente, sem nenhuma obrigação ou qualquer tipo de censura. Eram momentos singulares de meu dia, e os postava nas redes sociais na esperança de fazer amigos, influenciar pessoas e ser influenciado.
Consegui bem mais que isso, alcançando alguma notoriedade no meio digital, tendo alguns destes escritos repercutidos em outros veículos de comunicação e conhecendo grandes e delicados amigos.
Compilar estas crônicas em um livro me pareceu o certo a se fazer...
Assim como quando os escrevi, nunca dei um nome a nenhuma destas crônicas, sendo sempre as expressões “notrem” o único título que consegui vislumbrar para cada uma delas.
Sugiro que quem for se deliciar por essas páginas o faça devagar e sem pressa de chegar a lugar algum. O “notrem” não nasceu para ser devorado, mas sim tomado como pílulas de prazer e poesia; em pequenas doses diárias.

Sou o Stênio F. Ribeiro, tenho 38 anos, sou um pai, marido e também escritor (incompleto, porque adoraria ser músico, professor, jornalista, crítico de cinema e colecionador, mas como diria Vinícius de Moraes: Eu tenho tudo para ser feliz; mas acontece que eu sou triste..." - e essa é absolutamente minha essência).
Autor de quatro livros fechados, alguns contos soltos e dezenas de outros tantos presos nos limites da minha imaginação, vivo a difícil realidade de conciliar trabalho, lazer, arte, literatura, música, paternidade e poesia; querendo ser minha melhor versão sempre, mas constantemente brigando com as mazelas de um TDAH e tantas outras disfunções que eram charmosas na adolescência, mas que agora são por demasiadas chatas!
Nos meus escritos o leitor pode esperar uma dose massiva de realismo mágico, uma colher (das de sopa) de filosofia existencialista, uma pitada de extravagância e bom humor e um tiquinho de nada de ironia e crítica social. A receita de bolo dos meus livros - e da minha vida - é esse misto de incertezas que faz a alma humana ser tão filosoficamente inquietante, e de divagações que resume nossa vontade de existir e compartilhar nossas ideias neste planeta.
Sejam bem vindos ao meu espaço, se deliciem com meu trabalho, assinem minha newsletter e divirtam-se. Se sobrar um tempinho, entre em contato =)
Vamos ser amigos; influenciar e sermos influenciados.